Sunday, July 23, 2006

Genesis - The Lamb Lies Down On Broadway (1974)


Detesto rótulos. Cara, como eu detesto rótulos. "Metallica é para metaleiros e somente metaleiros", "Dead Kennedys é para punks e somente punks". Para ouvir determinada banda, é necessário criar um ritual , se vestir de tal modo, tomar as seguintes atitudes, e andar com a sua "tribo". Esses malditos estereótipos já arruinaram muita coisa que teria tudo pra ser genial. E quase arruinou um dos meus estilos de música favoritos: o Rock Progressivo. De repente nos anos 70 virou moda dizer que rock de verdade é simples, despretencioso, com acordes básicos, etc.. Quanto mais regras são criadas para se ouvir determinados estilos musicais, mais segmentações são criadas. "Fulano é traidor, fulano é vendido, fulano é pretencioso, fulano renegou as raízes." Se bem que o próprio prog muitas vezes criou clichês em cima de si mesmo. "Você sabe que está ouvindo prog demais quando mede o talento de um baterista pelo tamanho do seu drum kit" é uma piada que rola pela internet. De certa maneira, não deixa de ser verdade. Exageros à parte, eu sempre procurei entender todos os lados, quando o assunto é classic rock, ou o processo da Winona Ryder devido ao caso de furto na loja de grife. Eu entendo o porquê dos "tradicionais" detestarem experimentalismos, o porquê dos punks detestarem os virtuosos em seus respectivos instrumentos, e o porquê do Johnny Marr detestar os metaleiros. Mas é aí que está a graça da música: a diversidade. Se todos achassem os mesmos artistas melhores, seria uma tremenda chatice. O preconceito no rock é algo que me incomoda em certos aspectos. Além disso, preconceito é coisa de viado. Mas, chega de baboseiras, vamos ao Genesis.
Infelizmente, para grande parte do pessoal de hoje em dia, o nome Genesis remete imediatamente ao nome Phil Phuckin Collins. Na época em que Peter Gabriel era o líder e vocalista da banda, tínhamos uma banda prog "conto de fadas" com letras complexas, narrando contos tipicamente britânicos, ou até mesmo histórias surreais, fantasiosas... Quando ele (ele quem? O Peter Gabriel caramba, quem mais?) saiu da banda, logo após o disco que será comentado aqui, a banda pouco a pouco foi caindo no comercialismo, especialmente após a saída do guitarrista Steve Hackett, logo após a turnê de 1977 (que incluiu passagem pelo Brasil, diga-se de passagem). Nos anos 80 não encontramos quase nada de sua era Gabriel, agora o que importa É A MTV, O CACHÊ MILIONÁRIO, OS SHOWS LOTADOS, ESSES DESGRAÇADOS VENDIDOS, NÃO TEM RESPEITO NA CARA NÃO? Esqueçam tudo o que eu falei sobre "enxergar todos os lados", só disse aquilo pra ganhar sua confiança.
Não, não, brincadeira. Eu te amo. É que essa decadência artística dos caras me causa uma fúria nos culhões. Qual a verdadeira face dos caras? HEIM? Gênios indomáveis ou tarados mercenários? Tá, tá, o King Crimson, Yes, Jethro Tull, e até mesmo o E.L.P. se rendeu ao comercialismo em certos períodos... Mas nada foi tão gritante quanto o caso do Genesis. Antes não haviam letras meramente românticas do tipo "baby I love you", se havia uma amada a ser reverenciada, eles o faziam duma maneira quase religiosa, divina, agressiva, devotada... Nada como um bom exemplo para explicar o que eu estou tentando dizer: ouça a versão original da Musical Box, não, melhor ainda, VEJA a atuação do Peter Gabriel durante o fim da música, as suas expressões e gestos... "Why don't you touch me??!!! Touch me!!! Touch me!!!" Divinamente profano, não? Agora veja a atuação da mesma canção com o Phil Collins, na turnê de 91, The Way We Walk...

BOM, vamos à minha ópera rock favorita de todos os tempos. Sim, sim, essa é uma ópera rock. O Pete Townshend tentou uma vez, tentou duas... mas nada se iguala ao grande álbum duplo de rock progressivo inglês. Como toda ópera rock que se preze, há uma história por trás das músicas, interligando-as em uma maneira conceitual.
SE VOCÊ JÁ CONHECE A HISTÓRIA NARRADA NO DISCO PULE ATÉ EU AVISAR QUANDO ACABA O RESUMO.

A história é sobre o garoto porto-riquenho Rael, lorde das latinhas de spray, que anda tranquilamente sobre as ruas de Nova York em um dia habitual até que "The Lamb Lies Down On Broadway"... Uma nuvem escura surge nos céus, vai até o asfalto, se solidifica, e começa a criar uma ventania que espalha uma sujeira pelo ar. Rael tenta correr, mas cada vez que olha pra trás, a nuvem sem-vergonha continua se aproximando. A sujeira está cada vez mais intensa, o pó cobre todo o corpo do garoto, se solidifica, até que ele não consegue se mover em hipótese alguma. Ele vai ficando inconsciente, sendo engolido por uma espécie de casulo. Acorda com uma ância de vômito, tentando manter o controle mental. Mas este some assim que o local escuro e cavernoso no qual acordou começa a se fechar sobre o seu corpo. Ele fica novamente imóvel, preso entre estalagmites e estalactites, quando vê o seu irmão John do lado de fora. Este vai embora, e a jaula de pedra que o prendia se dissolve. Ele surge numa impecavelmente limpa sala de esperas de uma fábrica. A recepcionista que cuida das vendas anuncia: "Essa é a Grande Parada Dos Pacotes Sem-Vida". Todos andam em fila, numa massa uniforme, num fluxo quase que hipnotizado, que nem na Volta dos Mortos Vivos. No meio desse monte que vagueia em uma só direção, Rael reconhece seu irmão John entre todos os outros, com um número 9 cravado na sua testa. Tem lembranças de sua família, dos tempos no reformatório, de sua gangue... Com uma música romântica ao fundo, seu coração é removido, para que o depilem por completo. Quando não havia mais nenhum fio de cabelo, o órgão vermelho foi devolvido ao seu corpo, batendo muito mais rápido do que antes, enquanto ele aguarda o seu primeiro encontro romântico.
De volta de suas memórias confusas e misturadas, Rael dá de cara com um longo corredor, onde corpos sem vida (no sentido figurado, que fique bem claro, este não é um álbum do Brujeria) rastejam, com muita dificuldade de locomoção. Ele pergunta o que está acontecendo para os ajoelhados, e um deles responde que todos eles estão indo na direção do topo das escadas, para tentar fugir dali. Sem entender o motivo de ser o único que consegue se mover livremente, Rael vai até o local indicado. Após atravessar uma porta, há uma sala redonda, com 32 portas, uma delas levando à saída. Há uma grande quantidade de pessoas, dividida em vários grupos. Há uma mulher de meia-idade falando sozinha, Rael vai falar com ela, e descobre que ela é cega. Ela pede para ele ser o seu guia, pois ela "vem de uma caverna que sopra um vento, o qual ela seguirá", sendo assim, ela seria a única que poderia levá-lo para fora.
Andando por um túnel, cada vez mais eles vão se distanciando da luz que a sala circular emitia, até chegar na tal caverna. A cega vai embora, mas antes pede para Rael se sentar, esperar, e principalmente, não ter medo. Ele obedeceu aos dois primeiros conselhos apenas. Uma luz quase que cegante invade a escuridão do local, e rochas desabam cobrindo qualquer saída possível. Esperando pela sua hora final, Rael encontra com a Morte. Ela usa uma roupa branca, costurada por ela mesmo. Se auto-intitula A Anestesista Sobrenatural. Depois que ela deixa o local, ele acaba acreditando que a visita da Morte foi apenas uma ilusão.
Começa a sentir um perfume no ar. Vai até o canto da caverna onde o cheiro está mais forte, e removendo algumas rochas acaba descobrindo uma passagem estreita na parede. Se expreme todo, passando para o outro, onde descobre a fonte do perfume. Há uma piscina com água rosada, onde três criaturas com aparências de cobras o convidam a experimentar a água. Ele vai perdendo o seu receio assim que as cobras, com características de mulheres atraentes e olhos verdes, mostram que são amigáveis. Ele bebe um pouco da água, elas provam um pouco do seu sangue, e morrem em seguida. Foi um ritual quase que sexual, envolvendo seus sentidos e emoções. Ele entra em desespero e come o que restou dos corpos de suas amadas.
Deixando o local perfumado pela mesma fresta que entrou, ele acaba encontrando com uma multidão de pessoas esquisitas, asquerosas, distorcidas, que riem dele assim que notam a sua chegada. Um deles explica que todos ali passaram pela mesma tragédia gloriosa que ele vivenciou com a Lamia na piscina. Rael encontra o que resta do seu irmão John e este conta que a vida de todos aqueles asquerosos baseava-se em suprir o interminável, insaciável desejo de todos os sentidos, adquirido pela Lamia. A única salvação dessa anciedade seria uma visita ao Dr. Dyper, que removeria a origem dos problemas, ou seja, os castraria.
O doutor lhes entrega dois tubos esterilizados, com os materiais cirúrgicos dentro. Mas um corvo passa e leva os dois recipientes embora. Rael vai atrás, mas John decide ficar pois de acordo com ele "há desastres onde o corvo voa".
Rael vai atrás do pássaro ladrão, que foge na direção de um desfiladeiro subterrâneo, jogando o precioso tubo no córrego de água. Ele corre para alcançar o seu tesouro, e de repente uma imagem da Broadway, de sua casa, de sua vida, aparece acima de sua cabeça. De repente, ele ouve uma voz gritando por socorro: é John, se afogando na água que corre cada vez mais rápida. Após se atirar no córrego, e com muito esforço salvar seu irmão, eles chegam até a parte calma das águas, e Rael se apóia nas rochas e volta para a superfície. Mas ao puxar John para checar se este ainda estava vivo, o que ele viu foi a sua própria imagem! Olhando para si mesmo, ficou hipnotizado, até que o interior dos dois corpos ficaram vazios (não no sentido literal, isso não é um álbum do Brujeria, lembre-se). Nessa cena os dois derretem e dissolvem-se em uma névoa púrpura no ar.

OK, ACABOU A HISTÓRIA, JÁ PODE VOLTAR A LER VOCÊ QUE JÁ LEU AS NOTAS NO ENCARTE DO ÁLBUM. Mas pra você que ainda não a conhecia e quer saber de tudo na íntegra, vá até o fim do review, colocarei tudo que está no encarte do meu lp, mas em inglês, ok?

Bem, agora vamos falar musicalmente sobre o álbum. Não é tão complexo tecnicamente quanto o anterior Selling England By The Pound, as músicas são mais curtas, com melodias mais simples, e com linhas vocais que às vezes são até cantaroláveis para nós, meros mortais... Mas esse é o meu álbum favorito no quesito "Performance vocal", o Peter Gabriel se despediu com chave de ouro. Para compensar o fato de ter cortado o cabelo curtinho, e deixado as maquiagens alienígenas de lado, ele se superou completamente no que parecia já estar perfeito (vide a intro à capella de Dancing Out With The Moonlit Knight). Não apenas ele, como o rei das teclas Tony Banks, o guitarrista Steve Hackett, o Mike Rutherford fazendo que sabe de melhor, que é tocar baixo, e o Phil Collins, quem diria, fazendo um ótimo trabalho nas baquetas, sentadinho no canto dele!
Abrimos com a faixa título, um fade in de um piano pomposo, digno de espetáculo da Broadway (no bom sentido), que promete o que está vindo a seguir. Um vocal animado "early morning!", uma linha de baixo que predomina entre os instrumentos, um interlúdio que seria reprisado mais tarde na música mais bonita do grupo, e a conclusão gloriosa, esses vocais são de matar...
E sem perder tempo (literalmente, as faixas são em sua grande maioria grudadas umas nas outras, como no Dark Side Of The Moon) já entramos na Fly On A Windshield. Um tanto quanto medieval, não? Soa como uma calmaria antes da tormenta. Tormenta. A tensão final e a conclusão ficam por conta da Broadway Melody Of 74 (no cd está erroneamente separada, eles colocaram só o fim instrumentala-angelical da música). E bota angelical. Esse timbre da guitarra e esses teclados são celestiais.
Cuckoo Cocoon e o dedilhado do Hackett. Como esse cara fez falta no Genesis... e outra coisa que eu não canso de falar: os vocais! Os sininhos, o piano, a voz dobrada, a flauta (sempre tocada pelo próprio Gabriel, diga-se de passagem), essas entonações no "cuckoo cocoon" imitando algum tipo de pássaro.... tudo perfeito.
"I got sunshine in my stomach..." Já estou até tremendo, In The Cage é a primeira faixa comprida (para os padrões progressivos) do álbum. Dramática, vai crescendo até chegar num interlúdio instrumental onde a dupla Banks/Rutherford me faz esquecer tranqueiras como Who dunnit e Invisible Touch. Já falei que os caras tocam pra caramba né? Só pra não esquecer... Outra linha de baixo matadora (no sentido figurado, este não é um álbum do Brujeira, lembre-se), principalmente quando o vocal volta, lá pelos 4 minutos e pouco... Nota-se claramente o estilo "tribal" de tocar do Collins, que se tornaria sua marca registrada (entre outras coisas...). Depois que tudo se acaba, a música "volta" nos últimos segundos, num trecho instrumental que eu jurava que era o Eno que tinha composto.
Mas não, ele iria dividar os créditos apenas na Grand Parade Of Lifeless Packaging. Ele fez um ótimo trabalho no disco. Ele está creditado no encarte como: Eno - Enossifications... quem ouviu o Low sobre o qual eu mencionei aí embaixo entende do que se trata essa palavrinha esquisita, assim como Frippertronics... Se bem que ele não teve uma participação tão grande no disco como no caso do David Bowie.
Opa, o lado b, até que enfim temos tempo pra respirar depois de tantas coisas mescladas. Back In NYC, bem já nem sei o que dizer mais... o melhor vocal do disco até agora. Destaque para a figura sobrehumana/celestial do Gabriel, que soltou um palavrãozinho lá no meio. Esse chorus, tanto nas teclas quanto nos vocais (apenas em dois trechos) deixam o mundo melhor...
A curta instrumental Hairless Heart fica por conta novamente de Banks, e falando nele, sabiam que ele disse nos anos 90 que nunca ligou tanto para o seu trabalho nesse disco? Humildemente hipócrita, eu diria.
E sem perder o fôlego a música muda completamente... completamente mesmo, afinal já estamos em outra faixa, Counting Out Time. Depois de tanta melancolia e tensão chegamos a música alegre, que dá até pra assoviar junto, e com um solo do Banks pra lá de curioso, demais! Sem falar no refrão, que tem uma guitarra bem afiada.
Ah ha, se não é a música mais bonita do álbum (e talvez a mais bonita de toda a carreira do grupo, se me permite dizer), Carpet Crawlers. É a música que até quem não é fã do Genesis e de música progressiva gosta. A melhor performance vocal que eu já vi esse cara fazer. Linda, inacreditável. Um refrão antológico. Sinceramente, não há palavras para descrever o que eu sinto ouvindo essa música. Ah, e deixa eu te avisar, para não estragar toda a fantasia por trás dessa música, NÃO ouça a tenebrosa versão que eles lançaram na coletânea da fase pop Turn It On Again: The Hits. Sem dúvidas, para conseguir estragar completamente algo que superava a perfeição, é preciso ser um gênio, né, Sr. Collins Larápio.
E para terminar o disco 1, temos Chamber of 32 doors, dramática e melancólica como muitas outras até agora, e com um refrão que o Elton John não conseguiria compor nem com toda a cocaína do mundo.

Enquanto você não colocou o disco 2 ainda, perceba o qual genial são as letras desse álbum. Não pelo significado delas dentro da história. Mas sim pela forma pela qual elas foram construídas, a gramática, a fonética, etc... É uma escrita absolutamente inglesa, com rimas, referências a trocentas músicas americanas, e uma precisão cirúrgica. Não apenas as letras, mas principalmente o texto contido dentro do encarte, que eu colocarei o link no fim do review. Vendo o Peter Gabriel escrever assim, parece até fácil né?

Voltando, e voltando com tudo! Olha essa música meu, Lilywhite Lilith! Cheia de energia, como uma explosão, entrando num momento instrospectivo na sua metade, porém. E unindo-se à Waiting Room, que é basicamente composta por ruídos e efeitos sonoros... a "música" mesmo só vem aos 3 minutos, bem, de certa maneira lembra muito uma sala de espera, eu acho.
Anyway, uma das mais belas do álbum, um excelente trabalho no piano "limpo" de Tony Banks, sem efeitos. Começa lenta, explode no meio, com um ótimo solo dobrado (duas guitarras ao mesmo tempo) do Steve Hackett. Virou até nome duma banda tributo ao Genesis italiana.
The Supernatural Anesthesist, lembra muito as bandas da invasão britânica dos anos 60 em certos momentos, acho que esses backing vocals "sha la la la" que me fazem pensar isso. Bem fácil de digerir, como a Anyway, Counting Out Time, etc... cara, como eu adoro esse timbre do Hackett no solo do fim da música...
Outro momento grandioso do disco, The Lamia. Uma das melhores melodias vocais, e uma melodia na guitarra de chorar de tão bela. O Tony Banks deveria ter investido mais no piano limpo, ele parece ser ainda mais íntimo dele do que dos efeitos do moog. Bem, os dois tem o seu valor. Tanto o moog quanto o grand piano. Tanto que ele usa ambos nessa música aqui.
Mais uns minutos instrospectivos em Silent Sorrow In Empty Boats (um nome que diz quase tudo), e chegamos a uma opera rock dentro de outra opera rock: The Colony Of Slippermen. Dividida em três partes: The Arrival, A Visit To The Doktor e The Raven. Assim como no anterior Selling England By The Pound, as fonéticas um tanto peculiares na voz de Peter Gabriel é o que chama a atenção (hellay!, shoo-be-doo, etc...). Fora a imitação de monstro asqueroso Slippermen, e o solo de moog do Banks, que rouba a cena novamente. "Some concern.... ah ahh..." um deleite.
Outra instrumental instrospectiva (caramba, até soou igual, acho que andei lendo demais o encarte do disco), Ravine. E uma opera rock que se preze tem que ter no mínimo uma reprise. Já tivemos uma no disco 1. Agora temos The Light Dies Down On Broadway que é reprise de (adivinha!) e The Lamia. Aliás, é outro arranjo interessante, ela começa como a Lamia, e entra no pre chorus e chorus da faixa-título, voltando para a Lamia. Criou um clima completamente diferente, mudando tão pouco.
Opa, de novo o Banks volta a suar a camisa aqui na Riding The Scree, que até a sua metade é instrumental. "Evil Kenievel, you got nothing on me...." hehe adoro essa parte.
Mmmm isso é realmente emocionante, estamos chegando no fim do disco. É a dupla In The Rapids/It que encerra essa obra-prima incontestável. A última tem uma das melodias de guitarras mais bonitas do Hackett. Já vi muito marmanjo chorando por causa dela... cara, isso é demais, demais... Esse foi o meu review mais enrolado de todos até agora, talvez devido ao tanto que me envolvi com esse álbum. Eu tentei ao máximo expressar o que eu realmente sinto por ele, mas eu não consegui totalmente. Eu realmente fico sem palavras diante de coisas como esta. Não é hipocrisia, nem estou tentando "forçar a barra", romantizando exageradamente... esse disco.... bom, nem sei mais o que dizer. É meu disco de prog favorito, e um sempre estará entre meus discos britânicos favoritos. Pensando bem, sempre estará entre meus discos de música favorito. Sem subcategorias. É perfeito do começo ao fim. Não há um momento "vazio". Até mesmos as instrumentais mais discretas, com pouco volume e densidade, são parte desse creme perfeito. Uma sobremesa perfeita condensa partes doces, muito doces, levemente doces, bom, você entendeu...
"Coz It's Only Knock And Know-It-All, But I Like It!"

Ah sim, aqui vai o link com a história completa, como eu havia prometido:

http://myspot.neteze.com/%7Espace/cds/sub/lamblies.htm






Faz melhor, Fish?

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

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10:14 AM  
Anonymous Anonymous said...

Cai no teu profile no orkut por causa da comunidade do Baby Snakes e vim dar uma olhada no teu blogg. Para minha agradável surpresa, dei logo de cara com uma belíssima resenha de um dos, concordo contigo, melhores discos já produzidos, o Lamb.
Achei mto interessante o teu texto, não só pela riqueza de detalhes sempre fiel a obra que o inspirou, mas também por vc ter conseguido transmitir o quanto o acha sensacional.
Obrigada pelo texto, apreciei em muito!!

12:34 AM  
Anonymous Anonymous said...

Esse disco é uma merda e você um viado.

4:22 PM  
Anonymous Anonymous said...

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12:41 PM  
Anonymous Anonymous said...

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7:31 PM  
Anonymous Anonymous said...

Eu comecei a ler a sua resenha e estava achando muito legal as idéias que você vinha mostrando, combatendo esses tipos de fundamentalismos musicais que não levam a nada, porém essa impressão de maturidade se dissipou imediatamente ao começar a falar mal da fase pop do Genesis, e principalmente e de forma mais ridícula, em ficar com essa raivinha adolescente do Phil Collins. Cara acorda enquanto é tempo com relação a isso, quer você queria ou não, o cara é um gênio da bateria, e se não bastasse isso, ainda é um puta cantor e artista, coisas que você nunca vai ser. A banda lançou quatro albums magníficos com ele no vocal, albuns de PROGRESSIVO, sim (Trick of The Tail e Wind and Wuthering), antes de cair pro pop, que aí é a simples questão de se gostar ou não.

3:03 PM  

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